segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


Canarinho da alemanha que matou meu curió

Esse é o pacheco, não é canarinho da Alemanha nem Curió
É Bem-Te-Vi, e eu bem o vi assustado na calçada
Foi parar na minha mão ainda não sei como
nem piava de medo o don juanito pacheco
corajoso e aventureiro, antes de voar participou do meu caos
conheceu meus amigos e foi bem recebido.
Consegui atribuir alguma personalidade naquele monte de pena
frágil, não joguei-o fora quando cagou na minha palma
aquela aguinha quente que agora é minha lágrima
Ele passou por aqui e tá registrado. Será que eu vou revê-lo
e se for, ele vai lembrar?
A comida que eu dei era boa sim, me vieram com o papo que não.
Mas eu desacredito, eu o entreguei forte feliz piando na minha mão.
Comendo cagando piando e dormindo abrindo a boca de fome, mas pra mim, tava sorrindo.
Eu não posso provar, mas eu sinto um troço que esse código não vai traduzir
Cata um na rua que tu vai ver coé

Tchau Pacheco, Don Juanito Pacheco, eu gostei de você, po, gostei mesmo.
Eu preparei o teu vôo derradeiro, me preocupei com teu paradeiro
Quase que ia ser mais um passarinho fudido, acabou sendo meu amigo

Voa aí teu safado!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eu voyeur

Abro janela pro sol, mas só encontro sombras
Salvo palavras, que bem colocadas tornam-se bombas
criptografia tosca caracteres verdes
Mais uma mosca capturada na inter-rede
É tudo tão hi-tech preciso de um flash back
meu perfil no site substituiu meu cep
é tudo plágio vê? é só dá ctrl + C
a indústria é frágil e vai ceder ninguém compra cd
o arquivo vai descer, baixa mp3
jpg, mpeg uns trinta de uma vez
pessoas editadas metade realidade
outra metade nada é quase liberdade
Virtualidade eufórica senso comum quimérico
Volúpia tecnológica ser humano histérico
bi-polar hemisférico pálido cadavérico
Tento manter o mérito de um personagem homérico

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Macbeths de Uganda

Murmuro como um escravo
Fora de contato, com a carne, com a dor
estou livre (?), para não me conhecer
sou apenas uma sombra. Uma mancha que não sai.
É o que somos.
Sei que vou morrer
Me colocaram nesse invólucro como um comprimido
Tem monitores, vejo pessoas, coisas, ouço sons, sinto cócegas
Sou um vírus, não consigo correr disso
Me engano, aos 60 escrevia sobre bondade
não sou bom, não penso em realmente melhorar
Essa solidão me consome... Triste.
Sou um vampiro, Macbeth, sugo e jogo fora
E a constatação me dói... sou um zumbi sem quilombo
Um personagem de Aldous Huxley.
Uma admirável bolha na multidão.
Triste vírus que não pára de cagar
se reproduzir e se mudar pra outra célula
outra bolha opa com licença me passa essa mitocôndria
Vocês não gostam de complexo de Golgi? To pasmo
É uma iguaria! hmm nham nham
Eu sou muito mais o RNA
Eu também eu também eu também eu também
eu também eu também eu também eu també.... (eco)
o amanhã o amanhã e o amanhã
E de repente ploft acaba tudo
e simbora pra outra célula, Marte talvez
é!!! Lá eu vou ter mais uns 5 filhos
FODA-SE!!! Ah se estivesse feito quando está feito
Hoje eu vou tomar um porre não me soc...

Hahahaha brincadeira gente! Eu amo vocês!!
UGANDA! HAHAHAHA HACLAC CLAC BUM TRA TRA TRA!

Viva a humanidade!

beijo tchaaaaaaauuuuu

BAM! Splash. clunk...

domingo, 26 de outubro de 2008

Solos Coletivos


é solo mas é coletivo
perspectiva nociva ciente e ativa
excesso de saliva gulp
limpa garganta rarham
pigarriei do meu PV remela de AM
verve resiste que nem PVC coração 180 BPM Fahrenheit 451
calor liga o AC e levanta o decibel do CD do AC/DC e seca 51 até ter um AVC
DVD 2008 DC na tela LCD... a conexão vai ceder? JV vai descer..
kd vc? Pra que? pra que....

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Um resquício


Ser humano ou formiga no rio de Janeiro
ou Formigueiro, formidável forniqueiro
chiqueiro de gente chique de RG CPF CIC
You make me sick dou-lhe um tabefe e o relógio tac tic
Atrasado, atordoado, o resquício beatnick perambula pelas ruas
com verdades semi-nuas sexy
pegando o taxi chove torrencialmente
pagando mais que cê acha menos que o normalmente
Menina passa mal pergunta o q se passa pela vista
é um caos responde o filósofo turista
Kung Lao, (aquele do Mortal Kombat?)
video game, filme? não querida é mais um show de reality
só to tentando passar sem tomar um fatality
flawless victory!!!, amigo só no sonho
só espanto pesadelos incorporando demônios
Desejos de luxuria fortalecidos por serem proibidos
escondidos em gavetas junto com revistas que inspiram punhetas
Corro de seitas, o encosto não me causa desgosto
e nunca aceita qualquer acordo proposto nem tácito
o assunto aqui é posto e logo defunto trágico
Que nem Getúlio no mês de Agosto presunto clássico

Cataclisma

meu verso é sujo e deixa puristas putos
mas o rastro é invísivel tipo dito cujo de um eunuco
eu vou tranquilo e calmo como a voz de bahamadia
aquaplano no asfalto rezando salmo na abadia
nesse flow de corredeira traiçoeira de aguas turvas
meus versos estao pro universo como o vinho pra uva
mandando o papo reto mas as rimas fazem curvas
praqueles que procuram teto em dias de chuva
pisa no meu calo eu viro um cataclisma
destruo tudo ao redor independente do prisma
não falo com estátuas não curto os seus sofismas
paralisadas estáticas sem swing e sem carisma
sem ginga que nem as gringa do albergue
a geleira ainda pinga e a logica comum se perde
mas enquanto o vovo ve a vulva e torvi tiver verve
eu danço com os outros na ponta do iceberg

Perspectiva Nociva

Infimo infame o cérebro enxame de idéia cabeça colméia corpo tá na alcatéia
Direto do cerebelo vem o teu pesadelo deserto da cultura eu sou mais um camelo
Selvagem Indomável de carreira instável escolho minhas batalhas de maneira responsável
Na cidade animal reservo meus recursos no período glacial eu represento um urso
Pesado polar polaco longe de pela-saco senão mato esmago extingo congelo gelato e trago
pra minha família filha mulher comida picolé penduro o esqueleto do mané
pra servir de exemplo para quem quiser ver o que acontece com quem ameaça a espécie
Volume máximo Sizla repudiando Hitler AI-5 a sigla ainda sinto a ferida
Dano na rima atômica de Hiroshima mutação genética altera estética na retina
perspectiva vive nociva produz rima subversiva entrendo convivas escravos califas
medusas e ninfas freira e cafifas mantendo no ritmo legítimo cagando pras cifras